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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Primo pobre, primo rico


Deu a louca no mundo do futebol. Cruzeiro e Inter-RS, por exemplo, dois gigantes do futebol nacional, estão à míngua. Sempre apontados como parâmetros de boas administrações no âmbito esportivo, os dois clubes agora passam sérios apuros financeiros.  Além de não contratarem, ainda sofrem com especulações de atrasos salariais. O resultado é a aposta em garotos e, com certeza, um calendário que não deve reservar títulos expressivos ou badalação na imprensa especializada em 2011.
Por outro lado, os respectivos arquirrivais Atlético-MG e Grêmio, agremiações que já sofreram as humilhações de um rebaixamento no campeonato brasileiro, estão trabalhando a todo vapor. O Galo já acertou com atletas importantes como Toró, Richarlyson, Leonardo Silva e Jóbson. Além deles, o time de Minas ainda teve bala na agulha para trazer Wesley e Giovanni, ambos egressos do Prudente,  o atacante-vovô Magno Alves e o lateral-direito Patric. Sem contar que o Atlético-MG conseguiu ainda repatriar o meia Mancini, ídolo do clube e com passagem pela seleção brasileira.
Já o Grêmio demonstrou sobejos recursos no leilão para contratar Ronaldinho Gaúcho. Só isso já dispensa maiores comentários sobre a saúde financeira do clube.
Essas observações mostram que não há verdade absoluta no futebol brasileiro. Nossos cartolas - perdulários, amadores e oportunistas – conseguem transformar clubes equilibrados em um castelo de cartas e o oposto também acontece, clubes quebrados contratando grandes estrelas através das muletas de empresários e fundos de investimento.
Enfim, dito isso, só nos resta desejar um 2011 pleno de conquistas para o futebol brasileiro. Mas tomem cuidado na hora de zombar o amigo que torce pelo time rival: amanhã o clube dele pode estar contratando grandes estrelas enquanto o seu passa de pires na mão, implorando por uma esmolinha de empresários e fundos.