Maru, mestre das cores e formas. Um ser de indecifrável semblante. Por trás de seu olhar duro e de seus gestos enigmáticos, se oculta a graça de um gênio indomável.
Com a virgem folha, suas mãos retesam-se antes de serenar por linhas e traços que nem Nostradamus sonharia imaginar. De sua mente tão vertical nos sonhos, criam-se sereias e senhores, criaturas tão vivas que não raro se confundem com a carne e osso que carregam o segredo da existência.
Maru, em seus sublimes dedos escorrem a arte viva e líquida, seminal como o DNA herdado, um tesouro a ser preservado pela eternidade das gerações ulteriores.
Um artista não faz da arte estilo de vida, mas constrói uma história de vida nos labirintos intrínsecos da criação. Maru, a vida passará para todos nós porque assim exige a perversidade de Chronos, mas sua obra seguirá etérea e nobre, encantado olhares do futuro e inspirando uma legião de seres que hoje só são potência, são como a plural invenção que ainda virá de sua genialidade pagã e divinal.