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quarta-feira, 27 de julho de 2011

MARU


Maru, mestre das cores e formas. Um ser de indecifrável semblante. Por trás de seu olhar duro e de seus gestos enigmáticos, se oculta a graça de um gênio indomável.

Com a virgem folha, suas mãos retesam-se antes de serenar por linhas e traços que nem Nostradamus sonharia imaginar. De sua mente tão vertical nos sonhos, criam-se sereias e senhores, criaturas tão vivas que não raro se confundem com a carne e osso que carregam o segredo da existência.

Maru, em seus sublimes dedos escorrem a arte viva e líquida, seminal como o DNA herdado, um tesouro a ser preservado pela eternidade das gerações ulteriores.

Um artista não faz da arte estilo de vida, mas constrói uma história de vida nos labirintos intrínsecos da criação. Maru, a vida passará para todos nós porque assim exige a perversidade de Chronos, mas sua obra seguirá etérea e nobre, encantado olhares do futuro e inspirando uma legião de seres que hoje só são potência, são como a plural invenção que ainda virá de sua genialidade pagã e divinal.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Mulheres


Um cheiro, um perfume, um tempero... São detalhes desabrochados do corpo de uma mulher que nos deixam em êxtase, em uma sinestesia que explode os limites de nossa razão.
São as mulheres seres tão agradáveis que até seus espinhos nos arranham a pele feito um acalento.
Somos homens e escravos de tão dóceis criaturas. Criaturas que, seladas em um magnífico par de pernas, trazem de nós sonhos e veleidades. Quando as olhamos, nosso coração queima, inflama-se de prazeres e orgasmos que só a alma é capaz de atingir.
Mulheres, seres e sereias, metáforas melodias, belezas bailarinas. Queremos um dia entendê-las, desencaixotar pensamentos e sensações por hora indecifráveis. Queremos que sejam nossas, queremos que sejam plenas. Tantos desejos nos saltam das sombras inconscientes que não há mais linhas para confessá-los.
Resta ainda o prazer de saber que queremos as mulheres em sua simplicidade pagã, em seu corpo a desfilar, em todas as dimensões dessa vida porque delas provém toda santa humanidade.
Mulheres, o que seria da vida sem a graça e sem o charme, sem os desencontros que só tão esplêndidas afrodites são capazes de proporcionar?