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terça-feira, 18 de junho de 2019

Singelo ato



Às vezes, sinto o que vivo
Às vezes, sinto o ar que aspiro
Às vezes, sinto onde abrigo
E, assim, de suspiro em suspiro,
De um gemido até o próximo grito
Me reúno, me resgato, me reencontro
Mas onde estão as páginas rasgadas?
Onde estão as emoções não vividas?
Para que tanto gasto para tão pouca energia?
Às vezes, é preciso julgar os méritos dos resultados
Às vezes, é preciso julgar as perguntas antes das respostas
Às vezes, é preciso largar tudo e se permitir algo novo
Não há conclusões lógicas e óbvias para todo questionamento
Mas, muitas vezes, o singelo ato de questionar e de se questionar
Transcende a absurda necessidade de se ter uma resposta para tudo

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