Uma palavra, um castelo de cartas. Um beijo roubado, uma vida
assombrada. É tarde demais ou ainda é cedo. Não importa o tempo. A
pandemia e o pandemônio nos tornaram acrônicos, cômicos e canônicos. Rimos da
própria chaga e ela em retorno nos mata. Aos milhares por enquanto. Mas talvez
chegue aos milhões. Melhor não subestimar o Mal, mesmo que ele esteja morando
junto aos fantasmas do Palácio do Planalto Central. Pode ser que eles tenham feito
algum acordo, algo tipo uma rachadinha de cômodos para abrigar a todos,
inclusive os filhotes. E a nuvem de gafanhotos? Pois é, lá pelos lados de Israel,
que inspiram tantos aqui nos trópicos, insetos atacando em massa sinalizam
maldição divina. Um castigo pelo desrespeito e destemor ao Pai. Mas aqui é “Deus
acima de todos”, certo? É mesmo? E qual Deus gostaria de abençoar uma pátria
cujo presidente venera um psicopata e torturador? Qual Deus se orgulha de um
patriota que chama de “gripezinha” uma doença que matou mais de 50 mil
conterrâneos? Acho que essa é a hora de juntar o Brasil com o Egito. Não é que,
no final, Beto Jamaica e Compadre Washington se tornaram profetas? O Egito é
aqui, os gafanhotos vindouros não nos farão esquecer. E olha que depois deles,
outras pragas virão, assim como foi nos tempos bíblicos. Mas de boa, porque a “verdade
vos libertará”. Acredito que nos libertará, mesmo, é de quem nunca deveria ter
chegado lá, afinal de contas.
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