Ser um educador, no sentido pleno da palavra, envolve ir muito além das convenções, do politicamente correto, do didaticamente aceitável. Essa é uma questão que sempre volta à baila quando alguém levanta uma dúvida ou consideração sobre os palavrões.
Em recente aula de Inglês, um aluno solicitou-me uma word list (lista de palavras) sobre os palavrões do idioma. O cerne da questão é: posso mesmo ensinar esse tipo de conteúdo aos alunos e estudantes?
A resposta é sim. Uma vez que tais palavras estão presentes em larga escala nos filmes e músicas de sucesso, não posso, na condição de educador, me negar a ensinar. Palavrão faz parte da vida, faz parte do contexto social das pessoas.
Se estivéssemos falando de sociolinguística, seria de fazer cócegas levantar tal questão. Porém, estamos falando de uma profunda demagogia que impera na sociedade brasileira. Basta ver as versões dubladas dos filmes hollywoodianos. Toda e qualquer palavra de baixo calão é prontamente trocada por uma mais politicamente adequada. É só comparar.
Não estou, é evidente, discutindo se as pessoas devem ou não falar palavrões. Isso é cultural e pessoal. Discuto aqui é a situação de o que se faz com o palavrão que surge em um filme ou em um diálogo corriqueiro. Ignora-se, troca-se por alguma palavrinha menos suja?
Essa decisão é delicada, mas eu não me furto uma posição. Estou do lado da verdade, do que foi realmente dito. Por essa razão, ensino sim palavrões em minhas aulas, desde que isso seja uma dúvida levantada ou uma questão fundamental para que se tenha o entendimento integral de um diálogo.
Dessa maneira, se aparece a palavra “shit” em uma música ou em um filme, eu não vou fingir que “shit” é “droga”. Digo sim que “shit” significa “merda” e é usada normalmente como uma interjeição.
Situação semelhante acontece na cena de abertura do filme “A Rede Social”. No diálogo original, uma garota diz ao personagem Mark Zuckerberg que ele é um “asshole”. Na dublagem, ela diz, vejam que graça, que o rapaz é “desprezível”. Convenhamos, entre “cuzão” (tradução literal de “asshole”) e “desprezível”, há uma gritante diferença no entendimento social dos termos.
Esse assunto me lembra bem do professor Ernani Ferraz, com quem tive aulas na faculdade de jornalismo da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Muitos além de mim são testemunhas de que o professor Ernani não deixava pedra sobre pedra em sua retórica docente. Era um palavrão após o outro, em uma didática tão exótica quanto curiosa. Muitos realmente (por puritanismo, talvez) assustavam-se com o vocabulário do professor, mas tenho certeza de que ninguém deixou de aprender por essa razão.
Assim, deixo com vocês uma singela listinha de dirty words (palavrões). É apenas para fins culturais, OK? Não pretendo aqui ensinar ninguém a ofender outras pessoas em uma nova língua. Apenas quero contribuir para o crescimento de quem estuda inglês, pois sei que não é fácil achar esse tipo de material nos canais convencionais.
Em recente aula de Inglês, um aluno solicitou-me uma word list (lista de palavras) sobre os palavrões do idioma. O cerne da questão é: posso mesmo ensinar esse tipo de conteúdo aos alunos e estudantes?
A resposta é sim. Uma vez que tais palavras estão presentes em larga escala nos filmes e músicas de sucesso, não posso, na condição de educador, me negar a ensinar. Palavrão faz parte da vida, faz parte do contexto social das pessoas.
Se estivéssemos falando de sociolinguística, seria de fazer cócegas levantar tal questão. Porém, estamos falando de uma profunda demagogia que impera na sociedade brasileira. Basta ver as versões dubladas dos filmes hollywoodianos. Toda e qualquer palavra de baixo calão é prontamente trocada por uma mais politicamente adequada. É só comparar.
Não estou, é evidente, discutindo se as pessoas devem ou não falar palavrões. Isso é cultural e pessoal. Discuto aqui é a situação de o que se faz com o palavrão que surge em um filme ou em um diálogo corriqueiro. Ignora-se, troca-se por alguma palavrinha menos suja?
Essa decisão é delicada, mas eu não me furto uma posição. Estou do lado da verdade, do que foi realmente dito. Por essa razão, ensino sim palavrões em minhas aulas, desde que isso seja uma dúvida levantada ou uma questão fundamental para que se tenha o entendimento integral de um diálogo.
Dessa maneira, se aparece a palavra “shit” em uma música ou em um filme, eu não vou fingir que “shit” é “droga”. Digo sim que “shit” significa “merda” e é usada normalmente como uma interjeição.
Situação semelhante acontece na cena de abertura do filme “A Rede Social”. No diálogo original, uma garota diz ao personagem Mark Zuckerberg que ele é um “asshole”. Na dublagem, ela diz, vejam que graça, que o rapaz é “desprezível”. Convenhamos, entre “cuzão” (tradução literal de “asshole”) e “desprezível”, há uma gritante diferença no entendimento social dos termos.
Esse assunto me lembra bem do professor Ernani Ferraz, com quem tive aulas na faculdade de jornalismo da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Muitos além de mim são testemunhas de que o professor Ernani não deixava pedra sobre pedra em sua retórica docente. Era um palavrão após o outro, em uma didática tão exótica quanto curiosa. Muitos realmente (por puritanismo, talvez) assustavam-se com o vocabulário do professor, mas tenho certeza de que ninguém deixou de aprender por essa razão.
Assim, deixo com vocês uma singela listinha de dirty words (palavrões). É apenas para fins culturais, OK? Não pretendo aqui ensinar ninguém a ofender outras pessoas em uma nova língua. Apenas quero contribuir para o crescimento de quem estuda inglês, pois sei que não é fácil achar esse tipo de material nos canais convencionais.
Como diria o sempre genial Kurt Cobain: “Oh, no, I know a dirty word”.
Obs: Nem sempre as expressões estão traduzidas ao pé da letra. Em alguns casos, optou-se por colocar a expressão original em inglês ao lado de uma socialmente equivalente no português.
English dirty words
Foda-se: Fuck you, fuck yourself, screw youObs: Nem sempre as expressões estão traduzidas ao pé da letra. Em alguns casos, optou-se por colocar a expressão original em inglês ao lado de uma socialmente equivalente no português.
English dirty words
Vai tomar no cu: Go up your ass, fuck off, suck my balls, suck a dick
Filho da puta: Motherfucker, Son of bitch
Bunda: Butt
Cu: Ass
Cuzão: Asshole
Buceta: Pussy, cunt
Pinto: Dick, Cock
Peito: Breast, boobs, teat
Merda: Shit, crap
Besteira: Bullshit
Porra: Cum
Vai à merda: Fuck you, Go to hell
Viado: Gay, fagot
Piranha: Bitch, whore, slut, hooker
Foder: Fuck, screw, shag
Puto: Pissed off
Corno: Crickhold
That´s great!
ResponderExcluirEduardo Antunes
Thanks, Antunes. A hug my friend.
ExcluirPodemos acrescentar alguns?
ResponderExcluirTITS para "seios ou peitos" é bastante usado e eu ensino isso aos meus alunos...
Faltou o tradicional BOQUETE = blow job!
E quanto a palavra "gay" q é gay mesmo, poderiamos escaloná-la em: GAY = gay; FAG = viado; FAGGOT = muito viado, algo do tipo serginho do Big Brother ah loka.
=)
It's Markin here nigga boy!
Markin, meu camarada. Valeu pelas contribuições. Aceito-as de bom grado. Abraços, irmão!!!
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