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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Não julgue


Não vou enrolar muito com introduções. Tentarei ser direto, embora isso seja difícil para quem acha beleza na forma, no conteúdo e no encadeamento das palavras. Enfim, o título que vocês podem ver aí em cima vem do filme “O que esperar quando você está esperando”. Trata-se de uma história baseada na experiência (às vezes apoteótica, às vezes caótica, mas sempre epifânica) de ser pai e mãe.
Não vou falar sobre o filme, OK? Odeio estragar surpresas e isso vocês podem encontrar em sites especializados na sétima arte. Vou falar é de uma parte dele. Precisamente, sobre um grupo de pais que se encontra para conversar e discutir os problemas e as soluções no relacionamento com os filhos. Esses pais têm regras muito claras para quem participa das reuniões e uma delas é não julgar. Ou seja, é proibido que um pai condene o outro moralmente por alguma falha cometida com o filho. O grupo parte do princípio de que não são todos perfeitos e, por isso, unem-se para buscar soluções e apoio mútuo.
Seria legal um dia fazer um dad tour com meus amigos Ricardo Peluso, Eduardo Antunes, com meu primo Diego e com meu irmão Davi, mas isso é assunto para outra circunstância. O foco aqui é no pressuposto do não julgamento. Quantas vezes (me incluo nessa) perdemos um tempo sagrado julgando e condenando? As pessoas, sinceramente, não precisam disso. Já tem muita gente apontando nossas falhas e equívocos, chafurdando o indicador no sangue da ferida.
Sendo assim, acho que é muito mais produtivo encontrar as pessoas e debater como os mesmos erros podem ser evitados, como nossos tropeços podem ser usados para impedir deslizes alheios. Seres humanos realmente se fortalecem quando buscam saídas para os labirintos da vida e não quando se apressam em crucificar quem meteu os pés pelas mãos.
Então, fica uma valiosa lição. Não perca tempo metralhando seus vizinhos, parentes, colegas de trabalho e amigos. Ofereça soluções para os problemas deles e procure aprender com o erro dos próximos, afinal, o mundo é pequeno e o mesmo nó que está no cadarço de outra pessoa pode aparecer no seu sapato amanhã.

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