Total de visualizações de página

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Quando a esmola é demais...


            Vou ser direto para não me acusarem de partidarismo. Não sou de direita e tampouco eleitor do PSDB e afins. Considero, ainda, o governo FHC uma tragédia, debitando-se devidamente a ele as “privatizações” feitas de maneira escusa e ao arrepio dos interesses do Brasil.
            Pronto, acredito agora que posso entrar no tema da recente elevação dos preços dos combustíveis. Como se sabe, Dilma e seus ministros (muitos dele de competência questionável) estão em uma deflagrada batalha para combater a inflação (sim, o velho dragão de sempre volta a atacar e a cuspir fogo no dinheiro dos assalariados).
       Logo, é difícil entender porque aprovar o aumento dos combustíveis em um país rodoviário, o que, inevitavelmente, provocará aumentos em outros diversos setores da economia. Além disso, somos autossuficientes em relação ao petróleo e a Petrobrás é uma estatal, ou seja, deveria trabalhar para atender aos interesses dos brasileiros.
            Porém, isso não aconteceu. E o pior de tudo: Dilma aprovou o aumento no momento mais oportuno e cafajeste possível. Explica-se: o Governo acabou de, em tese, garantir a queda das taxas de energia elétrica (mas, ao que parece, em Minas isso não deve acontecer de forma tão enfática, pois a Aneel demonstra ter mais autonomia do que a própria Dilma no sentido de assegurar os interesses das companhias dessa seção), estamos em um período de entressafra eleitoral (passou-se o período de eleições municipais e ainda falta mais de um ano e meio para o pleito presidencial) e em véspera de Carnaval.
         Por tudo isso, percebe-se que a Dilma não é aquela criatura toda pimpona que apareceu na TV para anunciar a queda das taxas da conta de luz. Será que ela vai aparecer na TV e fazer propaganda do aumento dos combustíveis? Duvido muito. Se o fizesse, também poderia explicar o que a Petrobrás faz pelo Brasil. Poderia explicar porque nossos vizinhos de Mercosul pagam menos do que nós para usar combustível brasileiro e porque o conselho de administração da estatal paga salários milionários a seus integrantes. Lembro que a própria Dilma e Mantega (ministro da Fazenda, mas que poderia ser de qualquer outra pasta , tendo em visto seu papel meramente decorativo) já foram conselheiros da empresa com direito aos salários já mencionados. Seria muito pertinente esclarecer ainda como pode o marido da presidente da estatal, Graça Foster, ter contratos vultuosos com a companhia sem que haja conflito de interesses.
            Acho que são tantas a perguntas que nem um programa eleitoral inteiro daria conta de responder. Então, fica a sugestão. Cuidado quando a Dilma prometer algo bom. Se isso acontecer de novo, é sinal de que vem coisa ruim pela frente. Pelo até chegarmos à campanha presidencial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário