Por
onde você caminha, peregrina?
Por
que me deixa assim tão solto, tão só?
Eu
só queria que “apesar dos pesares”
Se
corpo ainda pesasse sobre o meu
Que
“apesar dos pesares”
Seu
rosto ainda se confundisse com o meu
Só
que não, não podemos mais viver assim
Agora
nos resta a condenação do vazio
Onde
ficamos sozinhos, sombrios
Mesmo
sob o mais belo luar
Mesmo
sob a mais linda cachoeira
Ainda
somos nós mesmos
Só
não sabemos mais quem só somos
Átomos
dos hiatos
Primos
das primazias
Infernos
do mais celestial devaneio
Então,
por que você ainda não veio?
Do
que você tem tanto medo?
De
errar de novo ou de descobrir
Que,
no fim, nunca foi engano ou tropeço
A
alheia vilania nada mais é
Do
que os próprios passos certeiros
Que
seus pés desenharam na manhã da terra
Conformando
o que é e sempre será
Seu
inevitável e poético Destino
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