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sábado, 17 de julho de 2010

As formas do amor


O amor infante
imaginamos balão
que se enche de ar,
de sentimentos, emoções,
lembranças e surpresas.
Depois de um tempo,
exacerbado de conteúdo,
ele explode vulcânico
e pulveriza ressentimento
em todas as latitudes,
em cada eixo cardeal.
Há outra forma, porém,
de materializar o coração.
Podemos entendê-lo
como grande construção,
somos todos operários,
cada sensação, cada momento
é um tijolo a encaixar
no horizonte de concreto
para, em noites frias de luar,
acalentarmos nossos ombros
em doce berço de amor,
nosso incomparável lar.

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