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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Carta aberta ao(s) estuprador(es) da UFJF



Desprezível ser humano que cometeu esse crime,

Desejo, de verdade, que você seja encontrado, identificado e punido. Cadeia é pouco perante o dolo que foi provocado para a vítima e sua respectiva família. Crimes assim são lavados a sangue em muitos recônditos dessas terras brasileiras, crimes assim são levados à ponta da lâmina ou da bala. Essa lição certamente será entendida quando você for parar em um presídio devidamente rotulado como “estuprador de menor”.

Sinceramente, não sei se você está arrependido. Afinal, era festa, ela estava bêbada (possivelmente desacordada) e ninguém estava vendo. Que mal teria? A moça talvez nem se lembrasse do ocorrido, talvez ela nem mesmo tomasse ciência do que se passou.

E não é que ela tomou? Tomou consciência do que ocorreu e como ocorreu. Não só ela, mas também os entes queridos e toda a comunidade acadêmica da UFJF. Agora, as cartas terão de ser lançadas à mesa. Crime tão hediondo em perímetro federal não pode e nem deve passar em branco. Seria um escárnio e um convite à marginalização.

Pergunto-me aqui, será que você tem família, Senhor Estuprador? Será que você saiu do ventre de uma mulher? E essa mulher, será que ela se orgulharia de um filho que comete tal ato? Se o mesmo acontecesse a ela, seria o estupro um crime cuja apuração não merecesse a devida importância? Sem falar, Senhor Estuprador, em irmãs, filhas, namorada, primas e amigas. Cada uma delas se sentiria representada por sua prática criminosa? Não preciso ler mãos e mentes para saber a resposta.

Senhor Estuprador, você será pego e conduzido às grades. Disso não tenho dúvidas. A indagação que faço é sobre o que deve doer mais: a pena (em todos os sentidos) que lhe será imposta ou a tortura em saber que sua família descobrirá que criou alguém capaz de um ato tão sórdido? Em qualquer uma das hipóteses, lhe digo, com absoluta convicção, que não desejaria estar em seu lugar.

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