É como se fosse
desejo, é como se fosse paixão. São dias e noites, cores e amores. Não há muito
que planejar, é para fazer, sentir, tocar. Talvez seja o segredo da vida, o
sexo dos anjos. Sei lá. Mas a resposta para o que eu sinto está aqui, está aí.
Basta estar a fim, basta dizer que sim. De resto, o resto se realiza como um
sonho que atravessa a fronteira entre a ilusão e o material. E tudo acontece
como predicado, como sujeito, como a gramática que não explica as regras entre
os corpos, que não explica a sintaxe que há em um gozo e, se nada
mais faz sentido, todos os sentidos se misturam no ato final. E, ainda assim, não há fim, apenas recomeços, ciclos que se reiniciam, liberdades de prazer que se multiplicam sob a névoa da gênese, sob a repartição dos genes.
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