Não vou defender essa prática que muitos consideram um rito de passagem. Não sei dizer ao certo se é bom ou ruim. A verdade é que, quando fui calouro da faculdade de Comunicação Social da UFJF, fugi do trote me ausentando da primeira semana de aulas. Minha punição foi assistir a um dia de aulas todo sujo de tinta, com um chapéu de palhaço. Nada além disso. No período seguinte, na condição de veterano, acabei me excedendo com os novatos, tendo atitudes vergonhosas, bancando um machão de faculdade que não cabe nem em uma caverna habitada por neandertais.
Nos períodos seguintes, me afastei dos trotes, limitando-me a olhar de longe o que acontecia. Vale ressaltar que naquela época, pelo menos na faculdade de Comunicação da UFJF, a recepção aos novos alunos era light. Talvez hoje as coisas estejam um pouco mais pesadas. Nem sei.
Minha opinião é a seguinte: o trote é voluntário e, por isso, participa dele quem assim deseja. Comigo foi assim e imagino que não seja tão diferente em outros cursos e universidades. Ninguém vai ser forçado a se sujar de lama ou tinta, ninguém vai pagar King Kong e esmolar pelas ruas por obrigação. Caso haja algum tipo de constrangimento ou coação, senhores calouros, comuniquem aos coordenadores de curso e aos demais agentes universitários responsáveis. Também cabe aos centros de ensino tomarem atitudes mais enérgicas, no lugar de lavarem as mãos como se fossem os Pilatos do ensino superior.
Agora, para fechar esse assunto, vou dizer que abolir o trote seria de uma evolução darwiniana. Endosso, nesse sentido, a tese do meu amigo Bruno Falabella, segundo a qual o trote deve ser extinto para dar vez a uma recepção produtiva aos calouros, repleta de atividades culturais, acadêmicas e solidárias. Acho que esse é mesmo o caminho para os universitários, ainda tão fraldinhas, saírem dos anfiteatros acadêmicos um pouco mais inteligentes do que entraram.
Eu acho esse trote à coisa mais idiota que tem. Todos os anos a direção da UFJF fala que vai acabar mais nunca acaba. Até chegar um ponto de alguém passar mal feio..
ResponderExcluirOs acontecimentos mais sérios as pessoas nunca fala a verdade que foi influenciada a fazer aquilo exemplo de beber um quantidade elevada de álcool para quem não ta acostumado isso acaba muito mais rápido do que outras brincadeiras. Tirando a humilhação de pegar dinheiro no sinal sendo que muitas das vezes a pessoa tira do próprio bolso para não ter que fazer isso..
Agora me pergunto qual fundamento tem isso?