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segunda-feira, 12 de março de 2012

A farra das construtoras


            Que as construtoras no Brasil não têm o menor respeito pelo consumidor, isso todos sabemos. Aí está a Encol para nos lembrar disso. Construtora entende mesmo é de pagar propina e mordomia para políticos e altos funcionários do poder público. Nesse campo de atuação, ninguém é tão cirúrgico e proficiente.
            Agora, se estamos do lado de cá da história, no papel de consumidores, os fracos e oprimidos sem heróis, a coisa muda totalmente de figura. Os prédios e apartamentos, lindíssimos nos folders e vídeos, não são tão lindos assim in loco. Os prazos, uma obsessão de toda construtora (pelo menos nos documentos e campanhas publicitárias), são descumpridos sem cerimônia ou rubor de faces. Fora as falhas e incongruências em relação ao projeto original, base sobre a qual se paga o valor exorbitante de um imóvel.
            Se fosse uma piada, estaríamos todos rindo, às gargalhadas. No entanto, a verdade é que se trata de um assunto sério. Somos reféns de bandidos engravatados, de empresários que enganam consumidores, usurpam sonhos familiares sem um pingo de dor na consciência. Punição? Bom, é o que a lei diz. O problema é que, como dissemos lá em cima, os magnatas da construção têm políticos no bolso e aos montes. Dessa forma, estão blindados por todos os lados.
            Mas não é hora de se calar. Nossa voz e nossa liberdade, bens que custaram um banho de sangue às gerações anteriores, estão ao nosso dispor, vamos usá-las com sabedoria e união. É hora de dizer a esses bandidos de colarinho o que eles são e a palavra é essa mesma "bandidos".
            Não vamos parar enquanto as construtoras não forem corretas e transparentes, enquanto não cumprirem os prazos e os contratos. Vamos em frente, vamos agir, sabemos e fazemos a hora, não esperaremos acontecer.

Um comentário:

  1. Excelente texto, amigo! Além de ficarmos nas mãos deles, ainda temos que aguentar a parceria com banco público (CEF), que entra na história para financiar para os que não podem pagar à vista (o que é o meu caso). Quer dizer, é como se os agiotas oficiais do governo concordassem com tudo o que eles vêm aprontando.

    Eduardo Antunes

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