Insana Cinderela

Sou rock, sou Minas Gerais
Se deixar durmo até meio-dia
Eu enfio o dedo na ferida
Faço de tudo na vida
Experimento, reinvento
Transformo loucuras em soluções
Faço terra vira mar
Faço de ódio a quem me amar
Sou assim, capital-interior
Do fim, infinito sabor
Sou quem lê o resumo
Para contar a história inteira
Sou sua aranha e sua teia
Areia movediça e pantanosa
Arrepio ao teu Sul
Porque de Norte já foi ao longe
Quem disse que sou previsível?
Posso ser, mas não sou
Não sou nem vou ser demais
É esse tempero que nos faz
É esse termo que nos traz
De algum lugar de minha vida
Para os sonhos mais profundos
De uma insana e subversiva Cinderela.