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segunda-feira, 13 de maio de 2013

"Somos tão jovens" é dever de casa



Quem já foi ver “Somos tão jovens” deve ter se deparado com sensações contraditórias ao longo do filme. A narrativa que retrata o início da carreira musical do querido Renato Russo derrapa na falta de ousadia e de, digamos assim, pegada cinematográfica.

Os críticos mais vorazes escreveram que faltou ambição, como se o filme fosse feito para domesticar e adular os fãs da Legião Urbana. Não há questionamentos, novidades ou choques de realidade sobre a história em que se construíram os caminhos da banda mais decantada do cenário musical brasileiro. Os mais exagerados chegaram a comparar o filme com capítulo da novelinha “Malhação”.

A verdade é que há mesmo algo insosso no filme. Talvez o roteiro, talvez a falta de profundidade com que os personagens são retratados, incluindo o próprio Renato. No entanto, é importante destacar também que as interpretações, se não são exemplares, também passam longe do vexatório. Além disso, as execuções das músicas “legionárias” são lindas e muito bem interpretadas.  Também vale frisar que o filme traz o gosto da época em que a história é contada. Parece que estamos mesmo na década de 70, convivendo com as aflições do jovem poeta incompreendido. Outro detalhe bacana demais é a presença constante das conexões musicais e influências artísticas de Renato. Isso dá um tempero especial e ajuda a entender como surgiram os hits catárticos do grupo.

Em resumo, não é uma obra-prima nem algo que desperte a curiosidade por parte de quem desconhece ou não gosta da banda. No entanto, para os fãs é dever de casa, pois ali estão preciosas paisagens que ajudaram a constituir uma parte importante do moderno cenário musical brasileiro. 

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