Total de visualizações de página

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Contramão do desatino


Uma alma vazia e ignorada nas profundezas de sua indiferença. Mata-me de desejos e foge feito diva, lançando beijos com as mãos. Vê meu esconderijo e finge que não. Dança para meus olhos, mas escorrega de minha frágil mão. Se não tenho, não posso chorar. Se não sonho, não posso acordar. Vai, assim, por essas entrelinhas de nudez e traição, atiçando meus pulsos e fiando meus espasmos. Puxa meu corpo para o futuro, só que se enfia lá nos dias perdidos do passado. Queria ser seu pretérito imperfeito, mas nem disso sou feito. Acho que é assim. Você aí e eu aqui. Cada um querendo mais, cada um escapando do Destino e tentando encontrar o outro na contramão do desatino.

************
Espera que eu já chego aí, seu passo apressado é susto despercebido de quem busca algo que ainda nem está lá.

************
A vida pode ser bela, se você estiver nela. Tudo pode ser melhor, se nosso desejo for ainda maior. Podemos ser mais, se você estiver com aquela sede de quem nunca se satisfaz. O infinito pode ir além, se nossas almas desdenham o porém. Seja como for, a nossa química pode desnudar o inalcançável, porque assim começamos essa história tão improvável.

Um comentário: