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domingo, 6 de setembro de 2009

Dialética


Nas desigualdades, é onde mostramos a indiferença. A chuva de meteoros é que prova a fragilidade de nossas telhas. As trevas do destino nos revelam como é dadivosa a força de um olhar. Os corações de vidro desmentem a fortaleza de um corpo robotizado. O masoquismo é o avesso do prazer e o sinônimo do orgasmo. Um abraço é a prévia da distância que separa os amigos. O beijo é o selo de um envelope anônimo. A busca é o caminho da resposta e o êxito da conquista é um convite ardiloso da inércia. O sol é a luz que cresta o impuro e o justo. A lua é órgão que excita amantes e homicidas. Seus braços são o conforto e a dor, meu ópio e horror.

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