Nas desigualdades, é onde mostramos a indiferença. A chuva de
meteoros é que prova a fragilidade de nossas telhas. As trevas do destino nos
revelam como é dadivosa a força de um olhar. Os corações de vidro desmentem a
fortaleza de um corpo robotizado. O masoquismo é o avesso do prazer e o sinônimo
do orgasmo. Um abraço é a prévia da distância que separa os amigos. O beijo é o
selo de um envelope anônimo. A busca é o caminho da resposta e o êxito da
conquista é um convite ardiloso da inércia. O sol é a luz que cresta o impuro e
o justo. A lua é órgão que excita amantes e homicidas. Seus braços são o
conforto e a dor, meu ópio e horror.
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