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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Do que nos lembraremos amanhã?


Acabei de ler “Eu me lembro”.  A obra é editada por Ivanir Yazbeck e tem projeto gráfico assinado pelo meu amigo Márcio “Profeta” Martins. Trata-se de uma coletânea de parágrafos que remontam a história de Juiz de Fora.  Sempre iniciados por “Eu me lembro”, os parágrafos trazem nostálgicos registros que marcaram importantes momentos de nossa cidade. Os autores, homens que viveram épocas gloriosas da “Princesa de Minas”, provocam em nós, juiz-foranos mais jovens, saudades de tempos que não vivemos, saudades de um tempo em que Juiz de Fora era muito mais interessante, sedutora.
Hoje, olhando para nossa cidade, enxergamos um cenário de profunda estagnação econômica, um cenário de esvaziamento em todos os sentidos. Tendo em vista esse soturno painel, “Eu me lembro” torna-se uma valiosa experiência, resgata a sensação de que podemos ser melhores, porque verdadeiramente já o fomos.  
Portanto, é hora de acreditar em um novo destino para JF. É hora de buscar inspiração em nosso passado para construir nosso futuro. É hora de acabar de vez com essa nefasta política do “café com leite” que impera em nosso sistema político. Chega das mesmas caras e dos mesmos discursos de sempre. É hora de unir o passado e o futuro através do presente, através do que podemos fazer para conceber uma nova JF (não essa imaginária que serve apenas de mote para a atual administração municipal) com a graça e a vanguarda que foram marca registrada da velha JF.
Amanhã, do que as novas gerações se lembrarão? Como elas completarão o parágrafo iniciado por “Eu me lembro”? A resposta depende do que começarmos a fazer hoje, agora, nesse exato momento.

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