Te pego na escola e saímos pra dar
uma volta. Compramos um livro, tomamos sorvete. Provoco seus olhos e pego suas
mãos. Molho teus lábios, encho tua bola com todo meu amor.
A noite promete. Baile legal,
gente bacana. Te levo pra festa, a gente curti, a gente bebe e a gente dança.
Te arrasto pro quarto e lá testo teu sexo com ar de professor.
Te vejo mil vezes em um segundo.
Não pisco, acordo sem ter dormido. Não resisto. Te faço promessas malucas tão
curtas quanto um sonho bom.
Encontro uma amiga, a gente sai e
se diverte. É muito gostoso, mas bem diferente. Não é com você, não é tudo aquilo.
Se te escondo a verdade, baby, é pra te proteger da solidão. Escrevo poemas,
canto sozinho, saio escondido. Faz parte do meu show, meu amor.
Perdido no teu quarto, no edredom
dos meus sentimentos, confundo as tuas coxas com as de outras moças, te mostro
toda a dor.
Não uso camisinha, não esquento a
cabeça. Te faço um filho, você se desdobra entre livros e fraldas. Te dou outra
vida, uma mais bonita, pra te mostrar quem sou.
Vago na lua deserta, entre
planetas e naves, entre sonhos e amores. Das pedras do Arpoador faço ruínas e
reconstruo um coração.
Digo alô ao inimigo e pago a
ligação. Encontro um abrigo, depois das pontes e palácios, no peito do meu
traidor. Faz parte do meu show, meu amor.
Invento desculpas, nossa vida é
uma rachadura. Provoco uma briga, convoco uma amiga da solidão. Digo que não
estou, pra dizer que não tem show. Vivo num clip sem nexo, MTV sem sexo, pátria
sem progresso, meu pierrot retrocesso, uma bossa nova no meio do meu rock´n
roll. Faz parte do meu show, meu amor.
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