O descaso acabou com a História
Não foi o fogo quem destruiu o museu
Mas sim a incompetência e a desonra
De quem golpeou o país em troca de nada
Agora só resta lamentar, soluçar
Por tudo que se foi, por tudo que ficou
para trás
Como respeitar um país que não respeita
a si mesmo?
Como respeitar o juízo tão penoso com
alguns?
E tão leviano com outros, entre eles
misóginos e bandidos assumidos?
O museu destruído, devastado, reduzido a
pó
Nada mais é do que uma triste e irônica
metáfora
Dos tempos que vivemos hoje, do país que
habitamos
Onde regras valem só para um lado
Onde o ódio e a intransigência
Tomam conta das instituições e das
agências
E eles, com os rostos impávidos e
lívidos,
Ainda acreditam mesmo que não tem nada
com isso
Que é só uma mera e singela coincidência
Um país que se vende aos interesses de
poucos
Sempre acaba assim, desse jeito
Com sua história entre escombros e
cinzas
Com trajetória rompida por bastardos
inglórios
É para revoltar a qualquer um, é
indignação
Ter de aturar essa gente no comando
Nos transformando em indigna nação.
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