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quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Algo de novo



Há algo de novo ali no horizonte. Não só em Belo Horizonte, mas em todos os horizontes que se avista Brasil afora. Acorda em seu coração um sorriso; não um sorriso qualquer, mas aquele sorriso límpido, intransitivo, no modo imperativo. Aquele sorriso que não requer qualquer palavra para ser respondido por outro sorriso, talvez ainda mais vívido e radiante. Não há discurso túrgido ou mórbido capaz de calar essa voz que nasce crédula e imponente, se postando em favor da pluralidade e da empatia, acima de qualquer maldade ou retrocesso. Não há muito o que se descrever para quem ainda se encolhe nas sombras e no obscurantismo, mas resta esperança de que as inteligências ainda se regenerarão e se insurgirão contra o peso do infortúnio e do fracasso anunciado. Em tempos de resistência, é preciso ter paciência com os oprimidos que se julgam opressores, com aqueles que vivem ainda enclausurados em suas próprias síndromes de Estocolmo. No fim, isso é certo, brilhará intensamente a luz do saber e da clarividência, permitindo que não mais nos enxerguemos como inimigos entrincheirados em lados opostos. Quando a sabedoria superar a desavença, nos enxergaremos como irmãos de jornadas, como passageiros de uma mesma aeronave com um mesmo destino. E aí, trabalharemos muito mais como cúmplices e parceiros do que como adversários em uma batalha tão sem sentido e tão vazia em resultados.


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