Há algo de novo ali no
horizonte. Não só em Belo Horizonte, mas em todos os horizontes que se avista
Brasil afora. Acorda em seu coração um sorriso; não um sorriso qualquer, mas
aquele sorriso límpido, intransitivo, no modo imperativo. Aquele sorriso que
não requer qualquer palavra para ser respondido por outro sorriso, talvez ainda
mais vívido e radiante. Não há discurso túrgido ou mórbido capaz de calar essa
voz que nasce crédula e imponente, se postando em favor da pluralidade e da
empatia, acima de qualquer maldade ou retrocesso. Não há muito o que se
descrever para quem ainda se encolhe nas sombras e no obscurantismo, mas resta
esperança de que as inteligências ainda se regenerarão e se insurgirão contra o
peso do infortúnio e do fracasso anunciado. Em tempos de resistência, é preciso
ter paciência com os oprimidos que se julgam opressores, com aqueles que vivem
ainda enclausurados em suas próprias síndromes de Estocolmo. No fim, isso é
certo, brilhará intensamente a luz do saber e da clarividência, permitindo que
não mais nos enxerguemos como inimigos entrincheirados em lados opostos. Quando
a sabedoria superar a desavença, nos enxergaremos como irmãos de jornadas, como
passageiros de uma mesma aeronave com um mesmo destino. E aí, trabalharemos
muito mais como cúmplices e parceiros do que como adversários em uma batalha
tão sem sentido e tão vazia em resultados.
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