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terça-feira, 12 de novembro de 2019

Pêndulo insone


Quando a vida passa, não resta mais do que ficou
Quando tempo demora, resta nada mais do impaciente
E esse tempo que passa e esse tempo que fica
Em algum momento da existência dialética
Enfeixam-se, se cruzam e encontram fronteiras
Ou seriam não mais do que sólidas barreiras?
Seja como for, há de se aprender algo com eles
Do que passou, talvez fique a lição do arrependimento
Do que custa a passar, herda-se a noção do planejamento
E, assim, planejando em cima do que se arrependeu
Talvez daí se extraia a mais valiosa das lições
Porque não há tempo perfeito nem tempo perdido
O tempo passa e o tempo vem, como pêndulo insone
A nós resta balançar com esse pêndulo, aprendendo
O valor dos minutos que passaram
E a riqueza dos minutos que virão
No saldo desse ponteiro é que advirá
Tudo que temos por mérito construído
Sem mais tempo a perder, sem mais tempo a chorar

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