Não é uma bobagem ou
um caminhão delas que definirá quem você é. O erro é irreversível, mas a
reparação não torna a busca pela compensação menos válida. Se você vacilou,
tudo bem; sem problema. Isso só prova que você é um ser humano como qualquer um
de nós. Somos assim mesmo, feitos de carbono, revestidos de moléculas e
sustentados por ossos. Não ter razão é o risco diário que se corre apenas pelo
simples direito de respirar. A questão não é o erro tão somente. Mas a
insistência em repeti-lo, em reinventá-lo. O equívoco reclama pelo
reconhecimento de si como desvio. E, para reconhecer o desvio, basta atentar
para as dores provocadas ao redor. Se o que você fez abriu feridas, é porque
foi um erro. Tudo bem. Aceite que você se precipitou. Peça desculpas sinceras
aos ofendidos e parta em conserto ao que se danificou. Nada fará você “deserrar”,
porém, fica a valiosa lição para que não se renove o ciclo vicioso. Quando
alguém se excede e outra pessoa se machuca, essa pessoa magoada tende a descontar
em quem está próximo e isso gera uma ampla corrente de calamidades e de
sofrimento. Para não expandir a tragédia, é preciso que alguém aprenda e se
torne maior do que o mal absorvido. E isso só é possível com aprendizado e com
coração aberto. Portanto, não se escravize pelo erro cometido, supere-o, use-o
como degrau para seu crescimento mental e humano. Humanos erram, mas humanos
também aprendem e crescem através disso. Humanize-se.
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