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terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Arrombado



Não me diga o que fazer nem para onde ir
Sou dono do meu próprio destino, sou dono do meu próprio nariz
Vamos lá, pode rir, pode se divertir
Se minha desgraça é engraçada, então sorria
Mas eu não vou me fazer de rogado nem bancar o educado
Quer saber? Vai se foder, vai tomar no seu cu
Poeta que regula palavra é o mesmo que baixa a cabeça e mostra o rabo
Não estou aqui para agradar e sim para irritar
Não estou aqui para pedir benção e sim para roubar o cofre
Não me quer por perto? Então me exorcize ou me mate
Se nada você fizer, aqui ficarei com meu livre arbítrio
Pronto para em desatino erguer o dedo médio
E mandar que o enfie no meio do seu butão sujo
Ou, nos termos que você prefere, no cerne do seu reto fétido
Mas isso me desonraria perante Bocage, Bandeira e Gregório
Então, em bom português, eu digo e repito
Meta esse dedo grosso no seu toba e roda, filho da puta de merda
Seu arrombado do caralho

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