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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Pulsão




O gozo, a dor, a porra e o pó
Tudo junto e misturado
Somos terrível e quimicamente castrados
O fogo, a faca, a força e o fim
Tudo puro abstrato substrato
Para enganar quem percebe se iludir
Sinestesicamente: perdemos, encontramos
Damos, fodemos, sofremos, jorramos
E que toda pulsão caralhística
Seja mais por dínamo de tesão pecaminoso
Do que por culpa de moralismo reprimido
Não obedeça às regras do prazer definido
O prazer é o início e o fim do próprio vício
É autofágico e autofálico
É o pau que enraba o próprio cu
É o cu que goza como água
O filme só acaba quando a tela escurece
O jogo só se encerra quando o apito indica
E o sexo só termina quando o esquife se aproxima

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