Na encruzilhada, nossos olhares se
cruzaram. Ela disse ser do mal, eu disse não ter medo. Ela disse que nos lábios
habita-lhe uma serpente, eu disse que serpentes não me assustam. Ela me agarra,
me prende, me arranha, eu apenas sorrio com o canto da boca, de trêmulo
maxilar. Ela se põe sobre mim, se opõe a meu corpo, eu endosso, eu pego fogo.
Ela desaparece na névoa sombria da noite, eu percorro as vias, eu lhe grito
socorro. Nem assim ela aparece, nem assim ela me esquece. Ela disse ser do mal
e tinha razão. Acordou meus sentidos, assombrou meus sentimentos e me
amaldiçoou com crua e bruta saudade.
Homem guerreiro não tem medo de nada. Se faz de super herói mas quando menos espera pode ser detonado.
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