O amor, meu amor, é
descabido, sem limite, sem paisagem. É fogo que não posso tocar, é pimenta que
não posso comer, é um clarão que queima a vista, é histeria que meus ouvidos
superam, é toxina que minhas narinas refratam. Nem mesmo com sete sentidos
poderia decifrá-lo, nem mesmo com sete vidas poderia experimentá-lo em todas as
possibilidades. O amor é assim, para os santos, pecado; para os perdidos,
sagrado. Meu amor, não debruce sobre o sentimento, não disseque o que é etéreo.
Alguns mistérios foram criados para a prática e não para teorizar. Viva, sinta,
se arrepie e deixe que a coisa aconteça pela necessidade que temos de recriar e
refazer nossos novos mundos.
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