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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Meio do caminho

Me agarra pelos pés
Ou pelos sonhos
Traz a mim os sentimentos
E me prenda ao que era seu
Agora nosso
Posso ser a chave, mas não a fechadura
Pode ser que chova, mas você é dia de sol
Não precisa chorar, mas, se preciso, choro
Eu não quero sofrer, mas também não me curo
Tudo tem um preço, um prazo
Inclusive nós, ainda mais você
Eu não tenho tempo para histórias
A vida é um enredo muito raro
E a ela preciso dedicar todo meu fôlego
Quando eu quis mais, você recuou
Assim que falamos de amor, o susto imperou
Não somos crianças, por que tanto medo?
Os dias passam, mas eles não voam
Como não percebemos?
Seja como for, eu terei de mostrar
A montanha não se move sozinha
É preciso ter fé, fervor, ferida
Só assim o caminho se torna avenida
Só assim a promessa vai além do dito
Eu quero prometer, eu tenho que cumprir
Se carrego a vela sozinho, é por você não acreditar
Não acreditar que mudei, não acreditar no meu sonho
Eu vou em frente, sem lente, carente, dormente
Eu vou, sem hora, sem lugar, nem nada a enxergar
Mas, de onde eu estiver, não estarei acessível
Será mais longe que um telefonema, uma carta chorosa
Eu não vou parar, mas não irei tão depressa
Se você se apressar, se mudar de ideia, 
Ainda pode me pegar na estrada
Venha a tiro, no embalo da bala, no ritmo da evacuação
O meio do caminho é melhor endereço, o melhor berço
Para o encontro final, para o acerto do mal resolvido
Se vier, venha sozinha e esteja preparada
Eu não vou deixar pela metade, eu não vou desistir
Apenas dou ao tempo a chance, a oportunidade
De dar justiça ao que sentimentos

De dar vazão ao quanto sofremos.

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