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sábado, 7 de setembro de 2013

Tolice


Quem me dera ser igual a ela: linda, livre e decidida. Quem me dera ser articulada, inteligente e tão viva. Os olhos dela brilham quando os ideais desfilam por entre seus lábios, seu sangue ferve quando ama, quando vai à cama. Ela não tem nome, é especial, encantadora, única. É a personagem perfeita, a sintonia entre beleza e poesia. Ela não é minha, é muito mais do que meus braços podem alcançar. Essa menina tem a forma dos sonhos e a voz dos anjos. Uma voz rouca, ecoante, que enlaça os ouvidos ao mordê-los em névoa de intenso lirismo. É mulher, garota, chuva, garoa, é o plasma, é o karma. É tudo que eu sempre quis, é tudo que jamais tive. Ela é assim, chega e se vai, antes do oi, antes do tchau, reescreve o que eu penso, deixa minhas histórias sem começo nem final. Ela é tudo, meu bem, meu mal, meu lado apaixonado, meu furioso e findo orgasmo. Ela é um enredo que me rende, o jogo que prende, o precipício de onde salto. Ela é, enfim, a joia rara que perdi, a peça mais valiosa que a tolice me roubou.

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