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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Doces perigos


Os olhos espelhando-se mutuamente. O prazer aberto em fenda, irrefreável. Os movimentos, as ondulações. O vai-e-vem explosivo e sinérgico, algo que vai além da lógica, do racional. O gozo em ondas e formas múltiplas, em constantes e variáveis pulsações. Sei que pode me sentir, sei que pode me controlar. Eu apenas suspiro e me entrego ao seu jogo. E você se joga, de cabeça, se lança e volta, cada vez mais constante, mais rápido, mais impactante. São espasmos e grunhidos, são fogos de artifício. Sei que vou, sei que já fui, sei que vou mais uma vez e tantas outras mais. Você sorri, me ironiza, demonstra seu poder e que me tem na palma, nos lábios, nos recônditos. Uma curva de sua silhueta me envolve e, mais uma vez, as trevas de seu edredom me enlaçam e me lançam ao abismo de seus doces perigos.

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