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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Esquina com o nada


Quando eu te vi, era alta madrugada, quase esquina com o nada. Seus olhos enxergaram algo além do meu vulto. Você fugiu e eu te persegui. Enfiei-me por entre becos e bares, vasculhei as pontes e os mares, mas nada encontrei. Era o fim da noite, aurora do sofrimento, mais uma vez busquei o vazio de um passado que me salta aos olhos como se ainda existisse.

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Quando quis chamar o amor de meu, ele me escorregou por entre os dedos. O amor não é objeto para ser de alguém, ele não é adestrado nem pode ser controlado. Amor é imensurável, desbeiçado e sem amparo. Ele é conquistado nos detalhes, nas pequenas diferenças. O amor se faz todo dia, o amor vai e volta, passeia por entre nós e tantas vezes não notamos. O amor é presente, mas pena que poucos o percebam para dele desfrutar.

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