Não
procure saber onde estou
Você
pode se perder pelo caminho
Apenas
entenda que eu vou
Cruzando
estradas, fazendo ninhos
Não
tenho medo do acaso
Deixo
que meus passos sejam meu espaço
Não
tenho endereço, mas sim adereços
Minha
única pista é a própria pista
É
ela que me leva para o fim da avenida
Eu
poderia estar caído, em frangalhos
Mas
os horizontes me abraçam
E
o Sol nascente me conforta
Do
outro lado da rua, eu me vi
Entendi
porque sou assim
É
porque sou meu próprio reflexo
A
sombra que me segue
Eu
me contento em ir adiante
Esquecendo
tudo que deu errado
Fruindo
novas frestas e habitats
Quem
diria, quem me vê?
De
regular vida burguesa
Aos
entroncamentos da pureza
Agora,
bicho solto, grito louco
Compreendo
a magia de ser autêntico
A
criança que renasce a todo o momento
Eu
poderia abrir a porta e trazer você
Mas
as viagens são livres
Não
são compromisso nem obrigação
Venha
quando quiser, quando puder
De
um jeito ou de outro, nos encontraremos
Afinal,
conhecemos nossos próprios labirintos
E
também os artifícios de cada atalho
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