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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A sombra que me segue


Não procure saber onde estou
Você pode se perder pelo caminho
Apenas entenda que eu vou
Cruzando estradas, fazendo ninhos
Não tenho medo do acaso
Deixo que meus passos sejam meu espaço
Não tenho endereço, mas sim adereços
Minha única pista é a própria pista
É ela que me leva para o fim da avenida
Eu poderia estar caído, em frangalhos
Mas os horizontes me abraçam
E o Sol nascente me conforta
Do outro lado da rua, eu me vi
Entendi porque sou assim
É porque sou meu próprio reflexo
A sombra que me segue
Eu me contento em ir adiante
Esquecendo tudo que deu errado
Fruindo novas frestas e habitats
Quem diria, quem me vê?
De regular vida burguesa
Aos entroncamentos da pureza
Agora, bicho solto, grito louco
Compreendo a magia de ser autêntico
A criança que renasce a todo o momento
Eu poderia abrir a porta e trazer você
Mas as viagens são livres
Não são compromisso nem obrigação
Venha quando quiser, quando puder
De um jeito ou de outro, nos encontraremos
Afinal, conhecemos nossos próprios labirintos
E também os artifícios de cada atalho

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