“...Faltou
luz, mas era dia, o sol invadiu a sala
Fez da
TV um espelho, refletindo o que a gente esquecia
Faltou
luz, mas era dia,
Faltou
luz, mas era dia...”
Composição:
Marcelo Yuka
Quantas
vezes, na sua vida, faltou luz durante o dia? Quantas vezes você se foca tanto
no problema e esquece que a solução está ali do lado? Quantas vezes você se
concentra tanto nos defeitos e negligencia os méritos? Quantas vezes você chora
a ferida e tarda ainda mais a medicação? A tragédia e o inesperado têm o poder
de nos cegar, de escurecer o óbvio. Nesse caso, como fazer, como proceder? Não
é simples, mas temos que enfrentar nossa tendência aos abalos e ao drama.
Devemos engolir o choro e tomar as providências. Devemos resolver o dilema para
depois travestir o luto. É assim que funciona.
Acredita-se
que, a partir de aconselhamento do Marquês de Pombal, o rei português tomou as
medidas cabíveis para contornar os graves problemas que afligiram Lisboa, após
brutal terremoto, em 1755. Mas quais foram os conselhos de Pombal? Simples, enterrar
os mortos (ou seja, enterrar os traumas do passado, evitar trazê-los à tona a
cada adversidade), cuidar dos feridos (isto é, resolver aquilo para o que ainda
há solução) e fechar os portos (em outras palavras, obstruir a passagem de
oportunistas e pessoas malévolas que se aproveitam das fraquezas alheias).
Como
se vê, a luz pode faltar, mas se lembre sempre de que o dia brilhará,
de que haverá sempre um caminho, uma saída para qualquer mal que sobressair.
Marquês de Pombal sabia disso, então saiba você também. A luz pode faltar, mas,
na sua cabeça, sempre será dia de brilho intenso e raios vívidos.
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