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sexta-feira, 12 de julho de 2013

Alimento


Meu pão, meu pó
Meus pecados têm nome e sobrenome
Na minha mesa, seu corpo é sobremesa
Refeição é algo que merece a prece
O passo cativante e vago
De quem vaga à espera de um prato
Que pode vir na forma de esperança
Dinheiro, sucesso ou mulheres
Cada mercador tem sua moeda
Cada comércio, seus artigo de luxo
Não ligo, não peço, não me repuxo
Tudo tem hora e lugar
Nossa vontade também
Nosso sexo vai muito além
As pessoas são o que são
Porque jamais de deixam
Jamais se lançam na contramão
Às vezes, andar às cegas traz solução
Nem tudo que resolve se enxerga
"O essencial é invisível aos olhos"
Mas, quando quero, é de olhos abertos
Se come sim, pelos olhos
Se come sim, pelo que se vê
Um vestido curto, um objeto dourado
Maquiagem bem feita, corpo depilado
Sacrifícios válidos para quem busca espaço
Eu busco também algo
Reconhecimento, aplauso e prata
Se foi de César, pode ser meu
Se você foi dele, também será minha
Redescoberta, dos domínios rainha
Maravilha ser feliz e ser invejado
Só que Deus me proteja
Para não transformar o caminho,
Em sombras de um passado

Comprado com o peso impagável da alma

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