Você me deixou
falando sozinho, você me deixou falando com os livros, os discos e os ritos.
Por tudo isso, nem sei como agradecer. O fim de sua presença opressora me abriu
caminhos, descortinou horizontes. Pude, enfim, ver o jardim por trás da
montanha. Falar sozinho, falar comigo é terapêutico. Descubro assim a solução
de medos e conflitos. Por isso, lhe sou muito grato. Sem você, eu apurei meu
valor e orquestrei minha vida. Não há mais buraco negro, vazio ou vácuo. Agora,
há música, leitura e diálogo. Obrigado por me dar espaço e me devolver a mim.
Obrigado por sair de cena e me deixar o palco. Os aplausos e a plateia não mais
me faltam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário