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segunda-feira, 8 de julho de 2013

Aqueles tempos...

Sou do tempo em que os amigos se abraçavam, em que nós éramos tímidos com as garotas, em que o medo era maior do que o castigo. Sou do tempo em que uma festa durava o ano inteiro, em que as amizades eram mais pelos atos do que pelos fatos. Sou do tempo em que o respeito era importante, em que ruim de bola podia se juntar à turma. Sou do tempo em que se escutava rádio, com aquela emoção especial de quem torce para tocar a música favorita. Sou do tempo em que os beijos eram poucos e as emoções, muitas. Sou do tempo em que uma paquera era tão importante quanto uma conquista. Sou do tempo em que os meninos perdiam a voz e as garotas ficavam de rosto vermelho. Sou do tempo em que pelada era no meio da rua, descalço e com chinelos para marcar as traves. Sou do tempo em que se pulava muro para pegar a bola no prédio do vizinho, roubar frutas ou ver garotas trocando de roupa. Sou do tempo em que cinema era coqueluche, um programa de tirar o fôlego.

Hoje, tudo é tão diferente. Muita coisa melhorou, nós evoluímos. A presença se tornou opcional e a comunicação, revolucionária. Quem diria? Nossa música favorita está a um click de distância, e de graça. Filme é programa caseiro, até se for lançamento. As festas e as histórias acabam rápido e as lembranças trocam de lugar com os acontecimentos, rápidos, intensos e constantes. Hoje, pelada é na grama sintética e com chuteira de marca. Enfim, muito mudou, e não necessariamente para pior.


Mas quer saber? Quanta saudade daqueles tempos.

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