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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Palheiro


Eu não sou bonito, eu não sou legal
Pouco importa se te faço bem ou mal
A verdade é que me fodo, toco pro pau
Suas vaidades e falsidades
Não pagam minhas contas ou bebidas
Para curar a ferida, prefiro alegria descartável
Chega de conversinha, de discutir relação
Não tá a fim? Cai fora porque a fila anda
E, no meu caso, ela já dobra a esquina
Tô querendo virar o jogo e meter o pé
Correr de você, marcar meu gol
É isso aí, você me prende, me amarra
Diminui meu espaço e minha sanidade
Se o telefone tocar, não atenda
Beber me deixa carente e infantil
Furioso e com tolerância de funil
Vai ver que sou assim mesmo
Recalcado e indireto, sinistro e incerto
Não quero mais assustar você
Nosso filme de terror já acabou
Tá na hora mesmo é de um suspense
Com companhia mais desejável
Que talvez seja a minha solidão
Melhor com ela do que com você
Melhor o escuro do que sua luz acesa
Vou chegando, vou traçando
Novos mapas e fronteiras
Outras gatas borralheiras
Nem te conto, não deveria
Mas, além de você
Há muitas outras vidas
Talvez uma delas seja a minha

Vai saber, né? Bora revirar o palheiro

Um comentário:

  1. Fiquei curiosa com titulo do texto.

    Em momentos de revolta,frustração esse texto cai perfeitamente. Vi diversas pessoas dentro desse texto.kkkkkkkkk

    RL

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