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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Entre os anjos


Não queira entender o amor de um poeta em uma perspectiva linear e moralista. Os amores poéticos são embaraçosos e misteriosos. São cheios de predicados e desencontros. Poetas amam e também se apaixonam, nem sempre pela mesma pessoa. Poetas são loucos e não querem ter razão. Querem ter o que sentir. Poetas se encantam tanto pelos olhos quanto pelos sentimentos. Não é necessário morrer um amor para que nasça outro. Não no coração dos poetas. Por isso, é tudo tão pantanoso, tão esperançoso. Poeta é assim mesmo, consegue caminhar em linha reta, mesmo que esteja vagando por círculos.

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Poesia é como saltar de um avião sem paraquedas, com a utopia de achar, lá embaixo, uma pessoa de braços abertos para nos acolher. Tudo bem, ela não precisa saber o que se passou durante a queda livre. Afinal, o que acontece no Céu, fica entre os anjos.

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