Um dia, aquela
cachorrona enorme, com pelos que voavam pelos cômodos da casa, entrou na
cozinha, bem na hora do almoço. Imagina aqueles pelos caindo na comida, nas
panelas e nos talheres? Não fiz de rogado, dei-lhe um cutucão e a danada saiu
de cena toda aborrecida, pois vinha toda alegre e cheia de amor e acabou
enxotada. Através de seu semblante canino, percebi que tinha se entristecido.
Não dei bola, afinal, ela é só uma cachorra, enorme, claro, mas só uma cachorra
que logo esqueceria o fato. Depois disso, cada vez que eu chegava, ela apenas
me endereçava um olhar vazio e sem graça. Não mais abanava o rabo e pulava, com
aquela alegria de cão. Só espiava e abaixava as orelhas, batendo em retirada.
Demorou uma semana, ou mais, para que eu recuperasse a confiança da gigantona.
Foram necessários passeios, mimos e comidinhas fora de hora para que ela
voltasse a ser minha amiga (ou amigãozona, para quem conhece aquele desenho do
Discovery Kids.). Bom, depois disso, vivemos felizes para sempre (sempre foi
até o falecimento dela, pena os cães viverem tão pouco), sem mais cutucões ou
expulsões. Isso me revelou o quanto os bichos são sentimentais e sensíveis, o
quanto são especiais e fofos. Quer saber? Acho até mesmo que no coração deles
cabe muito mais amor do que no nosso. São sinceros e de uma ternura
intransitiva, enfim, são anjos de quatro patas e língua de fora.
Engana quem acha que esses bichinhos não são sensíveis. Eles são muito inteligente, esperto. Algumas pessoas fazem ate comparação que são filhos de 4 patas, eu concordo pois eles também necessita de toda atenção que um filho normal precisa.
ResponderExcluirEu acho que tem que ser assim que um bichinho deve ser trato, pois eles estão ali sempre ao seu lado.
PS: E cachorro do tipo São Bernardo tem um pelo que nossa senhora. kk
Ótima Homenagem
RL