"...Não
vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás
Não
vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz
Não
vou roubar teu tempo eu já roubei demais..."
Compositores: Ana
Carolina e Totonho Villeroy
Não vou pedir, mentir nem
roubar. Conosco tudo é assim, difícil, doído e amargo. Nosso amor beirou ao
masoquismo. No início, era fértil, doce, espontâneo. Tudo era tão saboroso e
vasto, como um bosque de frutas vermelhas e fartas. Com o tempo, nossa paixão
virou nosso cárcere. Terminamos nos viciando em nós mesmos, em nossa teia, em
nossas discórdias e revoltas. Não, não mudamos. Continuamos do bem, da paz e do
amor. Nosso amor não nos transformou, o que mudou foi nossa relação. A criatura
engoliu os criadores. Tudo bem, faz parte, acontece. Eu juro que não há remorso
ou rancor. Só lembranças e passados. Vamos caminhar separados, não magoados.
Quando eu enxergar seu rosto pelas ruas, vou sorrir, vou chorar. O que foi bom
só traz sossego e saudade. E quando for a hora, vou lançar um beijo com as
mãos, na certeza de que o vento o levará até seus lábios.
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